segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Mais uma jornada: A Aprendizagem Humana

No artigo anterior, finalizei dando o meu parecer sobre o momento em que se inicia a aprendizagem, e isso se dá em nossa formação e desenvolvimento no ventre de nossas respectivas mães.
A princípio, temos uma integração através do sensorial (sentidos) como a percepção do claro e escuro, seguido de um momento mais emocional, e num próximo o social que se dá pelo reconhecimento das figuras materna, paterna e quem mais participar diariamente desse laço familiar e da gestação propriamente dita.
O bebê, desde a sua concepção está construindo um mundo de informações variadas em si mesmo, se apropriando de sua condição humana a cada fase.
Logo, temos um feto que capta, sente e reage a emoções, tem percepção e reação sensorial e que cria laços sociais através da convivência com os envolvidos na gravidez.
Como podemos acreditar que esse bebê está completamente vazio de informações?
Essa nova vida, já chega com a sua pequena carga de informações, de acordo com a sua vivência nas situações que foi exposta. A sua aprendizagem já se iniciou. A sua construção já está em processo. Ao nascer, essa aprendizagem passa a ser mais direta (não há mais barreira e não há conexão física com a mãe) e diariamente a cada sensação, sentimento, necessidade suprida ou negada, uma aprendizagem é construída, afeições, vozes, cheiros e cores, ou seja, estímulos em geral que são as portas para essa aprendizagem.
http://www.paredro.com/design-thinking-una-nueva-estrategia-para-resolver-problemas-con-creatividad/

A aprendizagem humana é construída passo a passo, sempre que um estímulo de qualidade faça diferença no cognitivo. Os acessos de inserção são o sensorial-cognitivo, emocional-cognitivo e social-cognitivo, divido dessa forma, pois percebo que todas essas portas que nos acessam precisam passar como forma de conhecimento para que sejam apreendidas e mantenham-se na memória do sistema límbico, que mais a frente será reproduzida de acordo com o entendimento de cada um em forma de ação.
A cada situação que passamos, a cada conteúdo que chega até nós, recebemos um estímulo e se for o estímulo correto para nós, vai adentrar em forma de aprendizado, sendo registrado por uma nova rede neuronal. E assim será por toda a nossa vida, a cada aprendizagem, de acordo com a nossa capacidade no momento e da qualidade do estímulo que chega.
Hoje sabemos de toda essa jornada, mas pouco fazemos a respeito desse conhecimento em nossa sociedade.
Nossa linha de conhecimento hoje está livre na rede (internet), encontramos verdadeiros cursos gratuitos online, em formato de áudio, vídeo e texto, qualquer coisa que quisermos aprender é possível encontrar, uma realidade muito diferente de 30 anos atrás, que para adquirir qualquer conhecimento era necessário matricular-se em algum curso/escola, conversar com alguém ou ir a uma biblioteca.
O mundo mudou muito, encurtaram-se as distâncias, a forma de interagir e de nos abastecer de conhecimento.
Se o mundo mudou tanto e sabemos tão mais porque a escola é a mesma? Porque as crianças precisam ficar sentadas e compartimentadas ainda? Se sabemos que nossas emoções são tão importantes a nós e que elas fazem a diferença nos relacionamentos e até na cidadania, porque não temos uma educação emocional? E o nosso corpo, as duas aulas semanais de educação física são suficientes para o nosso pleno desenvolvimento motor? E o nosso lado espiritual (não é religião!!!), como desenvolvê-lo?
Somos tão complexos, tão amplos e precisamos de tão mais do que nos ofereceram até agora, podemos ser muito mais se aprendermos a ser mais.
A educação precisa ver o ser humano por inteiro, não somos necessários apenas no raciocínio lógico, o mundo está se globalizando cada vez mais e já passou do momento de globalizar o ser humano, vê-lo por inteiro e trabalhar com esse todo.
Essa é a minha proposta, é por isso que estou aqui repassando minha construção.

;)

Ausência de comunicação na família e os reflexos na convivência social

ANAIS DO CONGRESSO INTERNACIONAL MOVIMENTOS DOCENTES Volume VI – 2021  pg. 733 ISBN: 978-65-88471-34-0 DOI: 10.47247/VV/MD/88471.34.0   RESU...