quinta-feira, 27 de outubro de 2016

A jornada Humana

Esse é um assunto “dual”, naturalmente complexo e simples.
Desde o momento em que as células de mamãe e papai unem-se, damos início a nossa jornada física, neste momento, de maneira quase imperceptível, mas o início de tudo.
Essas células irão se dividir, para somar, a cada dia um pouco mais funcionais e mais próximo do que seremos um dia, quando a formação se completa o próximo passo é a maturação, onde tudo está formado, mas não está pronto para o funcionamento do lado de fora.

**Deixando claro que essa é uma versão bem resumida do que ocorre conosco, pois cada etapa recebe uma denominação e uma função bem específica, a ideia não é relatar os passos, mas sim a ideia de jornada.**

De acordo com a Psicologia os bebês quando no ventre da mãe sentem as mesmas emoções da mãe, seja de prazer, dor, alegria, rejeição. etc., pois há reação do bebê a essas emoções.

A medicina afirma que o feto no terceiro trimestre da gestação consegue ouvir, distinguir as vozes de cada falante, sons do meio ambiente como uma buzina por exemplo, percebe diferenças de luz, dorme, sonha, acorda, sorri, chora, suga os dedos, sente prazer ou aversão a essas experiências. Quase um treino para o que virá a fazer quando nascer, a natureza preparando o bebê para o seu nascimento.

Com essas informações, podemos afirmar que a nossa jornada começa bem antes do nascimento, e por isso mesmo acredito que ela se dá desde o início da concepção, visto que cada célula tem uma função e está dentro de um corpo dotado de emoção e cognição que por sua vez alimenta essa formação.

Gosto de comparar a trajetória humana da pré-história aos dias atuais ao ser humano desde a sua concepção até o ápice de sua vida, que é o momento da vida em que todos os sistemas estão em maior equilíbrio.
É como se carregássemos toda a linha do tempo da humanidade em nós mesmos: Saímos do rudimentar, das sensações para a razão. Gosto dessa ideia ;)

Hoje temos muita informação sobre como muita coisa funciona, mas ainda temos uma imensidão de coisas a descobrir, principalmente sobre nós, sobre nosso funcionamento como um todo, como cada sistema interfere na parte e no todo, e como nossa mente age sobre nosso corpo.

Apoiada na psicologia e em minhas experiências, posso dizer que nossas emoções podem alterar o funcionamento do nosso corpo, é possível que uma pessoa sinta dores físicas sem ter alguma disfunção física ocorrendo, mas alguma dor emocional profunda que a pessoa trás para o físico, é como se fosse uma tentativa de mostrar a si ao mundo o que está de errado com ela, ao trazer essa emoção tão guardada e tão enraizada para o corpo físico ficasse mais fácil de resolver.

Como Fisioterapeuta já vi paciente sem nenhuma lesão neurológica se tornar tetraplégico e ficar anos a fio acamado e retomar alguns movimentos após anos de terapia, encarando pouco a pouco a sua dor. Já tive caso de uma pessoa que a cada vez que sentia medo ou se sentia acuada por algum motivo tinha dores tão fortes pelo corpo que mal se aguentava em pé.
E também já vi pessoas com diagnóstico terminal se recuperar rapidamente, e nesse caso não foram uma ou duas pessoas foram várias, pessoas com lesões neurológicas severas se recompor e voltar a falar, andar e ter vida normal… A ciência não tem uma comprovação sobre isso, o que se tem são achados e observações que nos levam a afirmar que sim, a nossa mente  altera o funcionamento do nosso corpo, levando a uma alteração do rumo da nossa vida.

Explanei essas situações para chegar ao ponto de que a nossa jornada é marcada por tantas reações emocionais desde o ventre de nossa mãe que deveria ser impossível que a ciência e a educação ignorassem esse aspecto do ser humano, buscando princípios físicos em primeiro lugar e educando apenas o raciocínio lógico, estranho isso, muito estranho.
Mas a humanidade lida bem com aquilo que pode ver, saiu do radar dos olhos, o problema se esvai, há alguns dias assisti ao vídeo do Bruno Temer no YouTube (link abaixo) e ele explicou perfeitamente uma ideia que tenho a muito tempo sobre nosso dilema com o lixo, colocamos num saco e o coletor de cada cidade leva embora e pronto, pra nós assunto resolvido, mas não foi, em realidade não se joga nada fora, porque não há lá fora, está tudo aqui dentro, o planeta é a nossa casa, apenas tiramos da frente dos nossos olhos, e isso é o que ocorre com o emocional, não vemos nossos sentimentos e muito menos os sentimentos alheio, apenas sentimos as reações e por isso essa foi uma questão ignorada e ainda é em partes, precisamos de inúmeras testagens para comprovar o funcionamento das emoções humanas, e creio eu, assim vamos levar a eternidade, mas isso não vem ao caso agora.

Percebo que tudo o que passamos nessa jornada se traduz em aprendizagem, começa muito antes do nascimento, muito antes da escola, muito antes da explicação de um adulto, é bem instintiva, sensorial e social.

Quando um bebê chega a esse mundo, está completamente pronto para absorver tudo o que lhe for entregue, toda a positividade e negatividade do mundo ao redor, a sua família lhe será sua primeira sociedade, não importando o formato. É a partir dessas pessoas que esse ser humano terá as suas impressões de mundo, de sociedade, de interação humana, de sentimentos, a sua primeira escola é o seu lar.
Quando falamos que a família é muito importante, ela é muito mais do que se imagina.

A jornada humana é baseada em percepção, emoção, cognição, aprendizagem e o retorno dessa aprendizagem ao exterior, num contínuo ciclo. Colhe-se as informações por essas vias, trabalha-se uma conceituação e imprime-se esse conceito no mundo físico através da experimentação, ou seja, o seu retorno.

O próximo material será sobre esse conceito de aprendizagem.

Espero que tenham curtido, deixem comentários para aumentar nossos conceitos com trocas.

Abraços

Bruno Temer
https://www.youtube.com/watch?v=9XH-_2cJ9-k

Canal Pedagogia da Evolução - Jornada Humana
https://youtu.be/p-tRmd9b6Xo



quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Ser Humano


Vou começar definindo minha visão de ser humano.

Antes de mais nada quero explicar que sou contra qualquer tipo de divisão quando se trata de humanidade e de vida. Sobre isso vamos falar mais a frente, pois é um assunto que dá pra falar só sobre ele.

Falei que não gosto da divisão, pois vivemos numa sociedade fragmentada que busca se reconectar através da globalidade, compreendo a necessidade da divisão, como forma de fatiar aquilo que precisamos observar, compreender e apreender para evoluir e continuar a nossa escala evolutiva.

O grande problema é que na grande maioria das vezes quem cria a divisão, quem fatia as situações “esquece” de juntar as partes e ver o todo através do conhecimento obtido pelas partes. Normalmente prega-se partes com teor universal.

Tá confuso?
Um pouco, eu sei, mas vou clarear...

Como escolhi falar sobre o ser humano, vou usar as divisões para esse contexto. 
É muito comum ver o ser humano ser fatiado em corpo, mente e Espírito, onde corpo: todo mundo tem um, meio óbvio isso. Mente: existe controvérsia na definição, algumas teorias definem como o entendimento do espírito e outros como a inteligência e capacidade intelectual; Espírito: com uma definição mais controversa ainda, segundo a Wikipédia a maioria das definições são relativas a uma substância não-corpórea em contraste com o corpo material.

Vou falar sobre como vejo cada um desses pontos.

Nosso corpo anatômico do ponto de vista biológico pertence a classe dos animais mamíferos. Tem um funcionamento magnífico, com sincronicidade e beleza ímpares. Se pararmos para ver apenas nosso corpo funcionando, através do corpo de outra pessoa, ou melhor ainda, de uma criança que está em transformação mais visível, é possível ver essa maravilha da natureza, onde cada pedacinho, cada célula tem uma função e não depende de nós para apertar nenhum botão, nem mesmo dizer ou pensar: Oh! Chegou o momento de minhas células pulmonares fazer trocas gasosas! Coração bombeie sangue!
Ufa! Seria o fim da humanidade.
E por esse e outros motivos que defino como pertencentes a natureza, assim como olhamos os animais e temos certeza de que pertencem a natureza, nosso corpo também o é.

A mente, para mim, seria um órgão virtual, a nossa nuvem, onde toda a festa acontece, mas diferente dos computadores ou smartphones da atualidade que operam no aparelho e armazenam na nuvem, o nosso sistema mental é o sistema de operação, é onde ocorrem os pensamentos,  sentimentos e insights e suas definições e finalizações são impressas no cérebro, órgão que se desenvolve e se molda de acordo com o que ocorre na mente, a mente seria o processador e o cérebro o arquivo de tudo o que já foi definido.

Como exemplo prático, vou citar alguém que precisa por algum motivo qualquer fazer uma cadeira, mas essa pessoa não tem ideia de como executar esse serviço, suas únicas noções são do para que serve uma cadeira e de sua necessidade em tê-la.
Essa pessoa vai sair em busca de informações sobre como construir uma cadeira, que material utilizar, onde comprar esse material, quais ferramentas utilizar, as medidas ideais, cores, formas e de quem ou onde irá aprender a executar o serviço, após reunir todas as informações teóricas essa pessoa precisará partir para a prática, experimentando tudo aquilo que foi formulado em sua mente, um registro único, e conforme vai experienciando poderá concordar ou não com suas ideias anteriores e irá construir um conhecimento real sobre o assunto, e este será impresso em forma de conceito, através da sinapses numa rede neurológica de informações em seu cérebro, e sempre que precisar dessa experiência esse conhecimento será acessado, ou seja, temos nesse exemplo uma aprendizagem efetiva.

O espírito: desde os primórdios que o ser humano se percebe diferente dos outros animais, e busca entender o seu mundo e a si próprio, tem uma curiosidade natural que nos impulsiona a seguir sempre em frente, melhorando a cada espaço de tempo, ora mais lento ora mais rápido.
Esse processo de busca do entendimento de quem somos e do que viemos fazer aqui ou de como chegamos aqui, levou a humanidade a cultuar o sol, a lua, as pedras, a temer absolutamente tudo o que não compreendemos, nos curvando e ritualizando inclusive através da morte como foram e ainda são em alguns lugares ermos dessa terra, os ritos de sacrifício.
Criamos muitas definições sobre o espírito no decorrer dos tempos sempre pautadas nas necessidades da época vivida e de termos uma explicação para as questões: de quem somos e para onde vamos.
Mas sabemos e sentimos que esse nosso lado nos anima, nos impulsiona, nos dá noções de moral e do outro.
E assim como a mente, o espírito também não pôde ser comprovado até o momento, e por isso vira tabu, separação através das religiões e dogmas ou da falta de crença e afastamento total da possibilidade de haver um espírito.

Vejo o nosso espírito como íntimo do nosso sistema mental e físico, tem um sistema próprio que registra tudo, mas principalmente o que é intenso para o corpo e para a mente, e devolve essas impressões tanto para o corpo como para a mente, seja em forma de pensamento contínuo ou obsessivo sobre algo ou em forma de uma doença por causa do que foi recebido de informação tanto pelo corpo ou pela mente, exemplo, um ato de agressão recebido, o susto, o medo, a dor, o sentimento de impotência são impressões recebidas pelo espírito que vai reagir e devolver de alguma forma, que pode ser positiva ou negativa, isso é algo particular de cada um.
É a nossa antena de captação.

Vejo o corpo, mente e espírito como se fossem três corpos distintos cada um com sua densidade e um dentro do outro, como aquelas bonequinhas holandesas, as matrioskas… É uma visão um tanto holística, mas que conforme outros assuntos forem surgindo vocês verão mais fundamento.

E para terminar, creio que seja o momento de unificar o ser humano em um ser completo que possui cada uma dessas partes mas que deve ser visto como um todo, pois só assim seremos a mudança tão necessária no mundo.

Somos seres complexos no funcionamento e simples na essência.

E você o que acha?
Concorda, discorda?
Deixa o seu comentário e vamos falar a respeito.

Abraços

Link pro YouTube:








Ausência de comunicação na família e os reflexos na convivência social

ANAIS DO CONGRESSO INTERNACIONAL MOVIMENTOS DOCENTES Volume VI – 2021  pg. 733 ISBN: 978-65-88471-34-0 DOI: 10.47247/VV/MD/88471.34.0   RESU...