Esse é um assunto “dual”, naturalmente
complexo e simples.
Desde o momento em que as células de mamãe
e papai unem-se, damos início a nossa jornada física, neste momento, de maneira
quase imperceptível, mas o início de tudo.
Essas células irão se dividir, para somar,
a cada dia um pouco mais funcionais e mais próximo do que seremos um dia,
quando a formação se completa o próximo passo é a maturação, onde tudo está
formado, mas não está pronto para o funcionamento do lado de fora.
**Deixando claro que essa é uma versão bem
resumida do que ocorre conosco, pois cada etapa recebe uma denominação e uma
função bem específica, a ideia não é relatar os passos, mas sim a ideia de
jornada.**
De acordo com a Psicologia os bebês quando
no ventre da mãe sentem as mesmas emoções da mãe, seja de prazer, dor, alegria,
rejeição. etc., pois há reação do bebê a essas emoções.
A medicina afirma que o feto no terceiro
trimestre da gestação consegue ouvir, distinguir as vozes de cada falante, sons
do meio ambiente como uma buzina por exemplo, percebe diferenças de luz, dorme,
sonha, acorda, sorri, chora, suga os dedos, sente prazer ou aversão a essas
experiências. Quase um treino para o que virá a fazer quando nascer, a natureza
preparando o bebê para o seu nascimento.
Com essas informações, podemos afirmar que
a nossa jornada começa bem antes do nascimento, e por isso mesmo acredito que
ela se dá desde o início da concepção, visto que cada célula tem uma função e
está dentro de um corpo dotado de emoção e cognição que por sua vez alimenta
essa formação.
Gosto de comparar a trajetória humana da
pré-história aos dias atuais ao ser humano desde a sua concepção até o ápice de
sua vida, que é o momento da vida em que todos os sistemas estão em maior
equilíbrio.
É como se carregássemos toda a linha do
tempo da humanidade em nós mesmos: Saímos do rudimentar, das sensações para a
razão. Gosto dessa ideia ;)
Hoje temos muita informação sobre como
muita coisa funciona, mas ainda temos uma imensidão de coisas a descobrir,
principalmente sobre nós, sobre nosso funcionamento como um todo, como cada
sistema interfere na parte e no todo, e como nossa mente age sobre nosso corpo.
Apoiada na psicologia e em minhas
experiências, posso dizer que nossas emoções podem alterar o funcionamento do
nosso corpo, é possível que uma pessoa sinta dores físicas sem ter alguma
disfunção física ocorrendo, mas alguma dor emocional profunda que a pessoa trás
para o físico, é como se fosse uma tentativa de mostrar a si ao mundo o que
está de errado com ela, ao trazer essa emoção tão guardada e tão enraizada para
o corpo físico ficasse mais fácil de resolver.
Como Fisioterapeuta já vi paciente sem
nenhuma lesão neurológica se tornar tetraplégico e ficar anos a fio acamado e
retomar alguns movimentos após anos de terapia, encarando pouco a pouco a sua
dor. Já tive caso de uma pessoa que a cada vez que sentia medo ou se sentia
acuada por algum motivo tinha dores tão fortes pelo corpo que mal se aguentava
em pé.
E também já vi pessoas com diagnóstico
terminal se recuperar rapidamente, e nesse caso não foram uma ou duas pessoas
foram várias, pessoas com lesões neurológicas severas se recompor e voltar a
falar, andar e ter vida normal… A ciência não tem uma comprovação sobre isso, o
que se tem são achados e observações que nos levam a afirmar que sim, a nossa
mente altera o funcionamento do nosso
corpo, levando a uma alteração do rumo da nossa vida.
Explanei essas situações para chegar ao
ponto de que a nossa jornada é marcada por tantas reações emocionais desde o
ventre de nossa mãe que deveria ser impossível que a ciência e a educação
ignorassem esse aspecto do ser humano, buscando princípios físicos em primeiro
lugar e educando apenas o raciocínio lógico, estranho isso, muito estranho.
Mas a humanidade lida bem com aquilo que pode
ver, saiu do radar dos olhos, o problema se esvai, há alguns dias assisti ao vídeo do Bruno Temer no YouTube (link abaixo) e ele explicou perfeitamente uma ideia que tenho a muito tempo sobre nosso dilema com o lixo, colocamos num saco e o coletor de cada cidade leva embora e
pronto, pra nós assunto resolvido, mas não foi, em realidade não se joga nada
fora, porque não há lá fora, está tudo aqui dentro, o planeta é a nossa casa,
apenas tiramos da frente dos nossos olhos, e isso é o que ocorre com o
emocional, não vemos nossos sentimentos e muito menos os sentimentos alheio,
apenas sentimos as reações e por isso essa foi uma questão ignorada e ainda é
em partes, precisamos de inúmeras testagens para comprovar o funcionamento das
emoções humanas, e creio eu, assim vamos levar a eternidade, mas isso não vem
ao caso agora.
Percebo que tudo o que passamos nessa
jornada se traduz em aprendizagem, começa muito antes do nascimento, muito
antes da escola, muito antes da explicação de um adulto, é bem instintiva,
sensorial e social.
Quando um bebê chega a esse mundo, está
completamente pronto para absorver tudo o que lhe for entregue, toda a
positividade e negatividade do mundo ao redor, a sua família lhe será sua
primeira sociedade, não importando o formato. É a partir dessas pessoas que
esse ser humano terá as suas impressões de mundo, de sociedade, de interação
humana, de sentimentos, a sua primeira escola é o seu lar.
Quando falamos que a família é muito
importante, ela é muito mais do que se imagina.
A jornada humana é baseada em percepção, emoção,
cognição, aprendizagem e o retorno dessa aprendizagem ao exterior, num contínuo
ciclo. Colhe-se as informações por essas vias, trabalha-se uma conceituação e
imprime-se esse conceito no mundo físico através da experimentação, ou seja, o
seu retorno.
O próximo material será sobre esse
conceito de aprendizagem.
Espero que tenham curtido, deixem
comentários para aumentar nossos conceitos com trocas.
Abraços
https://www.youtube.com/watch?v=9XH-_2cJ9-k
Canal Pedagogia da Evolução - Jornada Humana
https://youtu.be/p-tRmd9b6Xo